Com o avanço da tecnologia, o crescimento da concorrência e com o acesso as informações na palma de nossas mãos, vivemos tempos de diversidade, praticidade e agilidade. Com isso, verificamos ao longo dos últimos anos empresas que faliram, mudaram de segmento ou simplesmente não se atualizaram. Mas cá entre nós, quanto as empresas estão verdadeiramente dispostas a mudar? Criar novos hábitos, transformar sua cultura para se adaptar a realidade dos novos tempos?
Correndo atrás do tempo, as empresas se apresentam modernizadas, descoladas e ageis para atender a nova demanda do mercado e da sociedade. Mas será que de fato elas são? Ou apenas se mostram assim? Existe uma tendência em “se mostrar preocupado” e não necessariamente em “se preocupar”. Muito além da concorrência tecnológica, existe a necessidade dos temas: Diversidade e inclusão.
Diferente do que é compartilhado nas midias sociais, existe uma lacuna gigantesca entre o que é vendido e o que acontece, de fato – Desde a imagem, até propriamente os serviços prestados. Quem nunca se enganou por uma propaganda bem feita, ou até mesmo, aceitou aquela proposta de emprego dos sonhos e na verdade viveu um pesadelo?
Qual a credibilidade de uma empresa que não vende o que promete? Internamente, qual a confiança dos funcionários em seus líderes que são ótimos em discursos nas festas de final de ano, mas péssimos na gestão e condução das empresas? Para qualquer pesquisa na internet, uma liderança ruim está no top 5 motivos para saída dos funcionários das empresas. Ninguém é persuasivo, vendendo um serviço que não acredita. Óbviamente não podemos generalizar, pois existem sim grandes líderes e gestores dedicados e que realmente se importam com a saúde do ambiente corporativo e preocupados com seus clientes.
A verdade é que, muitas empresas querem simplesmente PARECER e não necessariamente, SER. Uma condução ultrapassada de gestões que há anos se adaptam as tendências, mas não mudam seus velhos hábitos. A mudança cultural não é simples, mas é necessária. É fundamental que o “board” abra a mente, pague o preço e seja resiliente para as etapas que o processo pede. A mudança não é de cima pra baixo, a mudança não está somente nas redes sociais, no que é divulgado e vendido mas sim no que é vivido nos bastidores. Conhece alguma empresa que compartilha algo que não vive? Pois é…
Parece clichê, mas é fundamental revisarmos nossa gestão, nossos líderes, respeitar a experiência daqueles que nos trouxeram até aqui, que nos fizeram evoluir. Mas devemos sim, abrir mão daquilo que parou no tempo, daqueles que não se abrem para a evolução. Devemos buscar, todos os dias, a empolgação que normalmente vemos num funcionário novo, que acredita que pode ser diferente, aquele brilho nos olhos que, as vezes, aquele “dinossauro”com 10 anos de empresa perdeu durante esse período.
A ideia do texto não é generalizar! Como já citado, temos diversos casos de líderanças inovadoras, que pensam além do tempo, lugares onde os funcionários amam seu trabalho, tem identificação com a cultura da empresa. Isso é louvável, revela a lealdade que uma boa liderança causa dos seus subordinados. Ainda mais nos dias de hoje, onde a rotatividade está em alta, o mercado voltando a aquecer, cheio de oportunidades, manter uma relação integra empresa x empregado é talvez o maior indicador de sucesso de uma boa gestão.
Temos que refletir e entender que a experiência de anos não pode ser utilizada como muleta e nos manter estagnados, com preconceito com o que é novo. E sim, existe muita resistência ao que é novo, principalmente pra quem carrega consigo uma mente fechada e egocêntrica. Vivemos tempos modernos, de uma sociedade que clama por mudanças de velhos costumes e sim, isso reflete no mundo corporativo. Triste de quem não enxerga essa mudança com bons olhos!
Pra quem não vê, o mundo mudou e continua mudando, temos uma geração que não aceita o que é imposto, mas defendem com unhas e dentes aquilo que acreditam. Ou seja, atualmente o poder de convencimento é maior que qualquer coisa que é imposta. São poucas as pessoas que ainda se prendem a comodidade de uma zona de conforto… E com todo respeito? Isso é coisa para os covardes, e o mundo não é para os fracos.
Tudo que é novo hoje, amanhã se torna ultrapassado. Já dizia o poeta: “O tempo não pára…” – E sim, a vida imita a arte.