Plano de negócio é a chave para o sucesso da sua empresa

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Já escrevi um artigo falando sobre os “fanboys” corporativos (clique aqui) e esse assunto é muito similar, pois vejo muita gente falando de plano de negócio que não entende de negócio.

Para fazer uma contextualização rápida do que é um plano de negócios, vamos usar a definição do Sebrae:

“É um documento que descreve por escrito os objetivos de um negócio e quais os passos devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Um plano de negócio permite identificar e restringir seus erros no papel ao invés de cometê-los no mercado.” (Sebrae)

Existem inúmeras outras definições, mas todos convergem para a mesma ideia central:

O plano de negócio é a foto da sua futura empresa ou projeto.

Essa ideia central é o que deveria nortear seu esforço para produzir seu plano de negócio, pois quanto mais detalhado e rico ele for, menor será a probabilidade de cometer erros no futuro.

Com essa onda de novos empreendedores, vejo muita gente errando em alguns pontos chave na elaboração do seu plano, e naufragando mesmo antes de sair do porto. Vamos ver alguns deles:

1. Plano de negócio raso

Umas das funções do plano de negócio é servir de ferramenta para o empreendedor organizar suas ideias, mas isso é só a primeira parte. Quanto mais complexo for a sua empresa, mais complexo o plano deve ser.

Nos últimos anos com a febre do agile, vivemos a ascensão do Canvas (Business Model Canvas) onde muitos começaram a ter contato com planejamento estratégico. O Canvas é uma ótima ferramenta para pequenas iniciativas e principalmente para organizar as ideias, mas para quem conhece um pouco de planejamento estratégico sabe que “o diabo mora nos detalhes”.

Sejamos sinceros, se o plano de negócio da sua empresa é somente um quadro do Canvas, provavelmente sua empresa não irá prosperar com todo o potencial. Eu poderia dar milhões de argumentos para isso, mas vou simplificar e ser bem direto, o Canvas não foi criado levando em consideração os padrões brasileiros, pois aqui temos um sócio majoritário que se chama Governo, e ele sempre quer a parte dele. Um post-it com algumas linhas nunca conseguirá explicar os impostos sobre a receita (ICMS, ISS, IE, Cofins, PIS, etc.) de modo a traçar um plano que os contemplem e, sim, 1% de imposto pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso da sua empresa.

2. Plano de negócio para investidor

Quantas vezes já vi pessoas fazendo plano de negócio somente para apresentar à investidores. Principalmente em startups que estão ávidas por um aporte de capital, um fenômeno interessante, planos de negócios profissionais onde temos projeções e indicadores que muitas empresas já estruturadas não possuem. Temos projeções estado da arte, como:

  • EBITDA projetado para os próximos 5 anos, sendo que a empresa não tem nem um ano de vida;
  • Market share estimado para os próximos 5 anos, e estratégia de marketing extremamente bem delineada.
  • Um Discounted Cash Flow mais preciso que mapa astral. 

3. Plano de negócio de gaveta

Esse é o mais clássico de todos. Quem nunca trabalhou em uma empresa que possuía um plano de negócio, mas ninguém nunca tinha visto?

Aquele plano de negócio feito lá do Olimpo pela diretoria, onde toda a estratégia da empresa está delineada nos mínimos detalhes, mas infelizmente não pode ser compartilhada por que possui muitas informações confidenciais e quando alguma informação chega aos pobres mortais, mas parece um discurso do Mestre Yoda:

“Crescer companhia temos,

Estratégia traçada está, foco cliente diretriz nova é.”

Enfim, o plano de negócio é uma ferramenta muito útil e necessário para a criação e desenvolvimento da sua empresa. O que eu costumo fazer com as empresas que ajudo, é criar uma cultura de utilização do plano de negócio, de modo que se torne natural o aprofundamento do plano conforme o desenvolvimento do ciclo de vida da organização.

Por fim, essa é só minha opinião.

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